Olá pessoal, hoje vou contar como descobrimos a diabete na Lybrinha.
Eu ganhei a Lybra da minha orientadora, Dra. Maria Beatriz e de seu marido Dr. Pierre, há quatro anos atrás. Bia foi morar na França, eu estava no começo do doutorado em 2008, mas na época do mestrado eu já era apaixonada pela Lybra.
Lembro que eu ia com a Angélica Megda (minha amigona) para Vinhedo na casa da Bia e enquanto elas discutiam sobre a tese da Angélica, eu ficava brincando com a Lybra no quintal, jogando a bolinha pra ela buscar.
Bia se mudou em Novembro de 2008 e em Janeiro de 2009, eu, Angélica e Matheus (marido da Angélica e também meu amigo) fomos buscar a Lybra na super LandRover.
A Lybra se adaptou bem aqui em casa, e sempre foi uma cachorrinha gordinha e sedentária. Toda vez que saíamos para passear ela ficava com a língua de fora respirando rápido.
Foi no começo deste ano que alguns hábitos da Lybra começaram a mudar. Ela passou a beber muita água, mas muita mesmo, antes ela tomava por dia, uma tigela grande de água, mas ela estava bebendo duas neste período. Meu pai começou a achar estranho, e até comentou sobre diabete, mas como ela continuava comendo bem, acabamos deixando o assunto de lado, até que percebi que ela diminuíra a porção de comida.
Lybra passou a comer menos, e um caroço enorme nasceu no peito dela da noite para o dia. Levamos Lybra na veterinária aqui perto de casa e ela suspeitou de um tumor, fez a coleta do material para uma análise citológica, porém, essa não foi conclusiva. Depois de uma semana o caroço sumiu do nada, mas voltou em menos de um mês, maior do que anteriormente, tinha o tamanho de um limão e chegou a estourar. Saia um sangue meio claro, meio amarelado. Levei em outro veterinário e ele falou que era uma "super hiper bactéria do mal" e deu um antibiótico. Lybra não se deu nada bem com o antibiótico e vomitava todos os dias, então, liguei pro veterinário que havia receitado o antibiótico, mas ele falou pra eu continuar com o remédio. Eu não continuei, porque ela vomitava tudo que comia, e fomos para outro veterinário, era um domingo.
Este outro veterinário suspendeu o antibiótico e falou que o caroço no peito poderia ter se originado de um arranhão ou atrito em uma das verruguinhas que a Lybra possuía no peito, o que provavelmente facilitou a entrada da bactéria e gerou a infecção. Este veterinário falou que se retirasse aquelas verruguinhas ela não teria mais problemas e marcou uma cirurgia para Terça. Eu falei para ele sobre ela estar bebendo muita água e vomitando mas ele atribuiu o vômito ao antibiótico e desconsiderou a informação da água.
Fiquei bastante preocupada, pois ela estava fraca e uma cirurgia, por mais simples que seja, poderia ser perigosa, então eu mandei um email para um amigo meu, veterinário que mora em Blumenau, o Dr. Claudio Eduardo Domingues, contando essa tragetória da Lybra. Ele me ligou na segunda e falou para eu não deixar operarem a Lybra, senão ela morreria, pois estava muito fraca e antes de qualquer operação seria necessário realizar alguns exames e então ele indicou o hospital universitário da UNISA.
Levei Lybra na Terça feira ao hospital, ela não comia nada desde domingo de manhã, mas bebia muita água. Lá ela fez exame de sangue, ultrassom, raio x, dentre outros e no exame de sangue apareceu a danada da glicose.
Retornamos na quarta feira no hospital e todos os outros exames estavam prontos e o diagnóstico foi concluído, realmente ela tinha diabetes.
Lybra ficou internada durante uma semana, sendo o dia inteiro na Unisa e durante a noite em outro hospital veterinário, uma vez que o período de funcionamento do Hospital veterinário da Unisa é até mais ou menos 18:00.
Lybra estava em um quadro complicado da diabete, ela não comia e só emagrecia. Chegou a emagrecer dez quilos em menos de um mês.
No hospital veterinário, Lybra foi muito bem tratada pelas veterinárias, alias, todas são muito bem capacitadas e super carinhosas. As veterinárias aplicavam insulina a cada hora na Lybra e coletavam o sangue para observar os valores da glicemia, as vezes eram muito altos e as vezes normais.
Na quinta feira, Lybra comeu um pouco e fizemos uma festa!!! Lembro que eu estava com a Joyce, a segunda mãe da Lybra, tentando dar comida a Lybra e ela só virava a cara, mas quando a Joyce colocou a comida na mão e ofereceu, ela começou a comer.
Lybra foi voltando a comer aos poucos e no final de semana pôde retornar para sua casinha. As veterinárias me ensinaram a aplicar insulina e eu que sempre tive medo de agulha tive que me adaptar rs...por amor a gente consegue tudo não é mesmo?
O hospital veterinário UNISA, tem um projeto de diabete no qual os animais recebem três meses de ração específica para animais diabéticos e acompanhamento veterinário a cada 15 ou 20 dias, sendo que uma vez por mês exames como o de sangue, urina são realizados para ver se está tudo ok com o animalzinho. Lybra está neste projeto e agora está muito bem e muiiiito arteira, graças a Deus! Bom, agora ela tem muitas regalias né, dorme na cama, fica no quintal ou dentro de casa, onde ela quiser rs...e destroi sofá, colchão, cobertor.....
Eu ouvi nesse período de muita gente que o que a gente estava fazendo era demais, eu ouvi muita gente dizer que ela não sairia dessa, e que ela daria trabalho por ter diabete, ou que eu estava preocupada demais, mas esse pessoal não sabe como é a relação existente entre pessoas que realmente amam seus animais, é impossível não se preocupar, é impossível não dar o "sangue" quando a gente realmente ama, cachorro não é pra ficar no quintal e você só dar comida não...é preciso estar junto em todas as dificuldades, é preciso dar carinho....pra esse pessoal eu digo que ela não me dá trabalho algum, por que é extremante gratificante tratar de um ser tão evoluído, tão amoroso quanto a Lybra, ela me ensina a cada dia, ela está comigo sempre, ela escreve a tese comigo rs, a gente ouve boa música juntas, a gente assiste "Friends" juntas e com a mamãe Joyce..... ela está sempre ao meu lado e eu estarei sempre ao lado dela...isso se chama amor....
A Lybra me fez entender que depois da tempestade o arco-íris brilha e que a gente tem que ter fé. Eu queria muito agradecer em primeiro lugar a Deus, a equipe de veterinários da Unisa, ao amigo e Dr. Claudio e aos amigos..... você fizeram o arco-íris brilhar e é pra vocês que eu e Lybra oferecemos o vídeo abaixo....muito obrigada!!!